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Diferenças de opinião, mas não de Religião…

 

Procissão do Padroeiro S. Roque - 1988

Há um antigo ditado popular que refere: “vamos com os tempos”…

Vivendo aqui nesta vila, há 38 anos, confesso que nada tenho contra as inovações, mas também gostaria de ver respeitadas as nobres tradições socio-religiosas, há décadas implantadas entre a nossa comunidade cristã. Elas cimentam de algum modo, positivamente, a vivência religiosa do nosso Povo.

E não era só por estas nossas terras que assim ia acontecendo, pelo menos até há poucos anos (dois ou três)…

Para enfatizar esta minha opinião, respigo com a devida vénia do site http://www.cm-lisboa.pt/noticias a seguinte noticia de Maio último:
“PROCISSÃO DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE - Maio 05, 2013; A procissão de Nossa Senhora da Saúde, a mais antiga de Lisboa, realizada pela primeira vez em 1570, saiu mais uma vez às ruas da Mouraria, à época Freguesia de São Sebastião da Mouraria. Milhares de pessoas, hoje como então, saíram à rua para prestar culto a Nossa Senhora da Saúde, uma devoção que começou quando os artilheiros de São Sebastião, que ocupavam a pequena ermida da Mouraria, fizeram um voto a Nossa Senhora para que terminasse a grande peste em Lisboa, o que veio a acontecer pouco tempo depois. Em agradecimento, a procissão saiu à rua pela primeira vez a 20 de abril de 1570. António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Simonetta Luz Afonso, presidente da Assembleia Municipal e José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, bem como presidentes das Juntas de Freguesia locais, acompanharam a procissão (a), realizada dia 5 de maio, que durante toda a tarde percorreu as ruas das freguesias que, em 2014, serão agregadas na freguesia de Santa Maria Maior. Na procissão, que Amália Rodrigues eternizou no fado “Há festa na Mouraria”, seguiam também os andores de Santo António e São Sebastião, e a imagem de São Jorge que saiu da Igreja do Castelo, transportada por militares da GNR a cavalo, e se juntou à procissão que seguia por ruas enfeitadas de rosmaninho, acompanhada por crentes que pagavam as suas promessas, uma tradição que não se perdeu. (…) Militares dos três ramos das forças armadas e agentes da Policia de Segurança Pública, transportavam as imagens, seguidos por membros de todas as paróquias da cidade, enchendo por completo o percurso entre o Largo do Martim Moniz, Rua do Benformoso, Largo do Intendente, Avenida Almirante Reis, Rua da Palma, Rua Dom Duarte, Praça da Figueira, Rua dos Condes de Monsanto, Poço do Borratem e Rua do Arco do Marquês de Alegrete, terminando no Largo do Martim Moniz, com uma bênção à cidade com o Santo Lenho. “Colchas ricas nas janelas, pétalas soltas no chão, almas crentes…” assim cantou Amália.” (fim de citação)

Autoridades civis na Procissão da Festa da Filarmónica de S. Roque - 2007

Também assim acontecia nas principais festas e procissões religiosas das nossas paróquias, onde as autoridades: autárquicas, civis e paramilitares; tinham lugar de destaque – fosse na missa solene da festa, fosse depois na manifestação pública de fé, na procissão religiosa - e, verdade se diga, ainda assim felizmente vai acontecendo na maioria das paróquias da nossa ilha/ouvidoria, onde não faltam as “colchas ricas nas janelas”: Bom Jesus de São Mateus e Calheta do Nesquim, Santa Maria Madalena, Senhora da Ajuda, Senhora da Piedade, Nossa Senhora de Lurdes, e muitas outras…

E por falar em Ouvidoria, em nosso modesto entender, não compreendemos esta dualidade de critérios, completamente aleatória (o que depende de circunstâncias casuais ou fortuitas – vontade de cada pároco no momento?) em que numas paróquias – principalmente nalgumas sedes de município - se continuam a convidar as autoridades acima referidas e noutras, muito poucas felizmente, se não convidam e até se procura manifestamente acentuar/mostrar distância dessas práticas, de dezenas e dezenas de anos – os tais convites.

Que Deus entenda esses tais critérios de recusa de convite às autoridades, porque eu, pobre mortal, não os consigo entender…

a)Sublinhado nosso.

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